MAR LAPSIANTE

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No leme azul dos fragmentos ,
algo poça vira um mar
que assola a consciência do grito asfixiado.

No leme azul dos fragmentos,
meus pedaços são arremessados
nas bocas úmidas do leopardo da noite.

No leme azul dos fragmentos,
a memória arranha seu corpo
com estilhaços da hora metralhada pelo destino.

No leme azul dos fragmentos,
um câncer vazio carcomida os litorais irreversíveis do ser
desbotado de delírios...

Ah! leme azul dos fragmentos
que esse navio-ser encontre a direção irremediável
do sonho-abraço recipocro.











João Leno Lima
12-05-2009

Entulho Cósmico

Toda a palavra é um verso e todo o verso é um infinito

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