LABIRINTO OCO

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Quero me disparar para imensas crateras numa gelada invisibilidade.
Traçando meu plano de não definhar antes da chuva habitual.
Sou parte do que se chama desolação social,
Fragrância lúdica de devaneios congelados,
Mudez que perfura o coração da fala e come seus restos previsíveis.
Meu coração geme na ponta da lança do instante
O que era eternidade não passa de embriaguez suprema nessa fração abstrata.
Oceanos; levem-me para o fundo sem salvas vidas poéticos.
Tremo de frio as perceber minha própria ausência.
O filosofo diz que tudo é desespero
Mas eu prefiro acreditar nas manhãs ensolaradas do destino.
Mesmo assim canso de ser nuvem.
No quintal dos meus cinco sentidos enterro-me de frente para o horizonte.
Sou a troca de telepatias entre as estrelas.
Na verdade no fundo, sou o sexo entre as letras da poesia.
Engravidado de palavras que se aglutinam na imensidão incerta.
Fecho os olhos para não ouvir os conselhos dos segundos.
Não!
Não quero as lagrimas quero as galáxias dos meus próprios sentimentos inteiros
Quero transbordar nas bordas dos litorais de Deus e sair rolando entre os mantos irretocais dos anjos numa ladeira delirante para um confim onisciente.
Chega...
Retomo a idéia de ir para o trabalho como se desse corda intermináveis no tempo,
Ele reiniciar seu processo de dilacerar-me lentamente,
Já estarei puído antes do meio dia
E serei apenas sombra nas tardes invioláveis,
Mesmo assim, mesmo assim inexoravelmente,
Mesmo assim num ato de transgressão cósmica,
Num uivo que romperá os cordões umbilicais entre matéria e espírito,
Mesmo assim, mesmo assim...
Respirarei esse instante como se ultimo ele fosse,
Fosse,
O ultima instante poético.










João Leno Lima
22-06-2009

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