Na manhã azul
Os rostos se afastam uns dos outros
Na contramão de si
Rumo ao abismo obliquo do mundo.
Vespertinamemente desolados
Eles se abraçam à indiferença.
Toneladas de silencio afundam as palavras
Num ralo de desejos dissolvidos.
Como posso alcançar-me se me cega à direção impossível?
Quando serei gelo e fogo para melhor entender
A solidão ocultada nos elementos cotidianos?
Deixo-me envolver novamente com os segundos.
QUANDO SEREI DEVORADO PELA ETERNIDADE?
Na manhã azul íntima
Sou parte incomunicável do cotidiano.
Os rostos se afastam uns dos outros
Na contramão de si
Rumo ao abismo obliquo do mundo.
Vespertinamemente desolados
Eles se abraçam à indiferença.
Toneladas de silencio afundam as palavras
Num ralo de desejos dissolvidos.
Como posso alcançar-me se me cega à direção impossível?
Quando serei gelo e fogo para melhor entender
A solidão ocultada nos elementos cotidianos?
Deixo-me envolver novamente com os segundos.
QUANDO SEREI DEVORADO PELA ETERNIDADE?
Na manhã azul íntima
Sou parte incomunicável do cotidiano.
João Leno Lima
Apenas quero te abraçar com palavras.
Lápis, canetas e sensações.
Um frio artificial almeja congelar os sonhos intocáveis.
Procuro o metodo-asa
Minha técnica de invisibilidade falha,
Não há olhares
Não há olhares
Longas nuvens tempestuosas tocando flauta na manhã.
A musica se dissolve nas engrenagens dos ônibus,
Onde estará escondido o violino da alma?
Guardo as sensações num pote-passagem secretas,
O café materializa-se em um anjo distorcido vulnerável,
Os passos confessam segredos para o chão das ruas.
"Não há violino tu és o próprio violino"
Calo-me...
...
Apenas queria te abraçar com palavras.
João Leno Lima
06-05-09
Lápis, canetas e sensações.
Um frio artificial almeja congelar os sonhos intocáveis.
Procuro o metodo-asa
Minha técnica de invisibilidade falha,
Não há olhares
Não há olhares
Longas nuvens tempestuosas tocando flauta na manhã.
A musica se dissolve nas engrenagens dos ônibus,
Onde estará escondido o violino da alma?
Guardo as sensações num pote-passagem secretas,
O café materializa-se em um anjo distorcido vulnerável,
Os passos confessam segredos para o chão das ruas.
"Não há violino tu és o próprio violino"
Calo-me...
...
Apenas queria te abraçar com palavras.
João Leno Lima
06-05-09
Nos espaços íntimos há algo de nuvens.
Longos braços da vertiginosa rua íntima.
Por onde passeia crianças e adultos ocultos
Paredes presas nas poças recém nascidas....
As mãos desdenham-se
Há um longo colo-tunel
Corrimões de chuva
Tua voz lagrima-me
Não em vulnerabilidades descontinuas
Não em gemidos presos na imagem refletida
Poço-abrigo onde descansas a dor
A noite fotografa tudo em preto e branco
E depois rasga a fotografia-alma e a joga no espaço
Teu silencio procura a hora real
Tua angustia corta a própria garganta
O sangue escorre criando rios de segundos
A alma vira neblina
Não te enxergo
Te sinto
Te sinto?
Nuvens...
João Leno Lima
05-05-09
Alguém no fundo chora no desconhecido
Que se revela apenas para a sombra
Caminha estático em passos longos
Longos ventos que arranham a ausência de sentido
Alguém no fundo espatifa-se...
Calcula a volta para casa como uma matemática puída
Já não almeja o alcançável
Sua dor é um labirinto vivo sufocado
Alguém no fundo desaparecendo no fundo
Onde suas mãos só desejavam o abrigo de outras mãos
E seu rosto desmoronado pela chuva
Se dissolve lento, vira poça, afunda, afoga-se, fundo...
De João Leno Lima
Maio/09
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