QUANDO O INSTANTE É UMA PEQUENA ETERNIDADE

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E.Monet, in Soleil Levant







De repente a palavra cria alma cria corpo e voa...
distante...distante...
suas asas cobrem meu mundo como
se nuvem fosse mas na verdade é uma constelação de sonhos...
meu coração pulsa em direções inimagináveis
encontrando abrigo nos colos silenciosos
das horas invisíveis..
meu deus, meu deus...
a meteria sucumbi perante a presença indizível da alma.
Transporto-me para magníficos lagos turvos
e horizontes entreabertos,
eu e meus amigos passeamos por arquitetônicos túneis
feitas dos próprios sentidos da natureza.
os gestos mais gritantes se dissiparam
acordando os ventos.
e a alma se entrega ao pequeno mar de palavras.
De repente a chuva crepuscular
bebe goles de passou ensopados de mecanismos
poéticos entrelaçados
nos desejos mais indisprezaveis
e volto na vertiginosa noite como se primavera fosse
em meio aos siderais momentos de eternidade...
só assim vi que quem voava
era minha alma desde sempre.







João Leno Lima
09 de Fevereiro 2009

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