Radiohead – Show completo para o Haiti

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19:35

Para o último post de 2011 o velho conhecido da casa, Radiohead.

A banda foi um dos grupos que agendaram show beneficiente para arrecadar dinheiro para ajudar as vítimas do devastado Haiti.

Agora, final do ano, a banda autoriza a liberação do video completo (montado por fãs uma prática que parece ficar cada vez mais constante dentro dos fãs da banda) e ainda pede para aquelas pessoas que puderem ajudar, link embaixo:

Link para ajudar

O show em si é genial como sempre e único como sempre. Quem acompanha apresentações da turma de Thom Yorke sabe que nenhum show é igual o outro, a banda sempre tem ao seu lado celebres releituras e arranjos que fogem das meras apresentações cheias de hits. Com um set list raro e um público caloroso, o Radiohead segue sendo a banda da nossa geração.

 

FELIZ 2011 A TODOS.

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A Reinvenção do Cinema por Andrei Tarkovsky

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22:48

O Mestre

Por: João Leno Lima

 

Desde quando me entendo por gente aprecio cinema. Sempre me fascinou uma arte tão poderosa e completa, dificil, explendida, arrebatadora. Era do tipo que fazia grandes e controversas listas de filmes e mostrava para os raros amigos que poderia dividar meus gostos e “teses” cinematográficas. O desvendar foi progressivo, passando pelo chefão de Francis Copolla ou pelo seu Apocalipse Now, pelo grande Amadeus de Formam o cultuado Lawrence da Árabia do David Lean ao genial 8 1/2 do Fellini, todos figuraram na minha lista e marcaram minha existência, sim, cinema é algo marca minha existência e tem o poder de mudar minha visão de mundo e das coisas e definiar certos rumos e maneira de mergulhar nos intantes e nesse sentido conheci aquele que para mim sintetiza tudo de mais belo, sagrado e genial que sempre esperei que o cinema pudesse chegar…Andrei Tarkovsky.

O russo, filho de um atriz e de um pai poeta traduziu em seus sete filmes o potencial poético que tanto é caro a literatura ou a música. Seu cinema estabelece dois dilemas básicos que ainda nem sequer foram discutidos com a devida atenção:

Um deles diz respeito ao próprio significado existencial dessa arte. O cinema é uma arte de imagens mas que carrega em si a virtude de agregar todas as artes nascendo uma arte em estado bruto cheia de significância e variantes. Mas o próprio cinema torna-se refem quando parte para uma linguagem que ignora seu potencial poético de imagem e vira uma “contador de histórias” distraindo e ocupando os “desocupados” em nome da arte. Os filmes de Andrei Tarkovsky restauram o ideal de um cinema que parece que foi pensado em seus mais íntimos detalhes, de um cinema que explora com gama de possibilidade a imagem e constroi em si significados e signos na própria execução da cena, saindo dela rumo ao atoa da vida. Pulando para fora da tela. (vide a cena final de Rublev, a cena com as maçãs em Infância de Ivan).

Se o cinema do diretor se conecta com a linguagem que é cara ao cinema, que é a narrativa de imagens (agregando) pra si a literatura, a música, a fotografia, absorvendo dessas artes uma arte única e sim CINEMATOGRÁFICA (estabalecendo o cinema como uma arte autentica e independente) cria-se o dilema que seus filmes ao mesmo tempo que estão há frente da história do cinema (um cinema das próximas décadas) ao mesmo tempo estão antes da própria invenção do cinema, são filmes do século XVI, XVII. Como?

O cinema de Tarkovsky é um cinema maduro, trabalhado em todas as frentes narrativas, diálogos e teatralidades remetendo à uma arte saturada ( o que o cinema ainda não é) seu cinema explora possibilidades poucos vistas (construções de cena onde objetos e sons criam metáforas que dialogam com a ação que também se estabelece como uma poesia sendo declamada em imagens onde a palavra é esculpida com paciência). Em outras palavras, a arte filmica do russo é tão concreta que só encontra paralelo em Bergmam mas que coloca o cinema anos a frente mesmo parecendo que ele (o cinema) precisaria de séculos para chegar nesse patamar. Exagero? creio que um fato que merece discussões sérias.

Tarkovsky para mim reinventou a arte do cinema, porque sua linguagem é única, não só pela beleza das imagens, pelos diálogos com poesia, pela música de Bach (em Sacrificio) ou a “reles” (genial cena) do jogral com Rublev com apenas uma camera ou pela perfeição de algumas cenas que estão entre as mais belas da história do cinema (como a cena das maçãs em Infância de Ivan, a cena final de Nostalgia) mas pela pureza com que cada cena é construida numa linguagem que todos sabemos que é cinema mas que ninguém havia explorado com tanta sabedoria e sensibilidade.

O cinema já rendeu grandes autores e alguns filmes estão impreganados no nosso imaginário para sempre, com belas histórias, cenas, diálgos, música, sentido, mas poucos pegaram nas mãos dessa arte e elavaram sua importância aos patarames de uma arte genuina, poética, espiritual, cara aos grandes mestres da literatura e da música, inigualável como as grandes obras de inteligência humana, única como as proezas dos mestres, assistir um filme de diretor-poeta Andrei Tarkovsky é conhecer um pouco de Deus numa intimidade que dependerá do grau de profundidade que você queira ir. Seja ele quem for e seja você quem for.

 

UMA HOMENAGEM AO MESTRE DOS MESTRES DO CINEMA.

Tempo de viagem: Tarkovsky fala dos diretores que mais o impressionaram.

Tempo de viagem: Andrei dá conselhos aos jovens diretores e aos artistas em geral.

 

Tempo de viagem: Andrei fala sobre os “generos” no cinema que para o diretor não existe, o cinema representa a vida.

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29 de Dezembro/Andrei Tarkovsky

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17:42

 

Andrei Tarkovsky nasceu a 4 de abril de 1932 [N.T.: na cidade de Zawrashje, Iwanowo, Rússia]. Sua mãe, Maria Ivanovna, era uma talentosa atriz, e seu pai, Arseniy Tarkovsky, um respeitado poeta e tradutor. Ambos figuraram em sua obra -- sua mãe como atriz e seu pai através dos soturnos poemas que Andrei utilizou em vários de seus filmes.

Quando seus pais separaram-se, Andrei e sua irmã mais nova, Marina, continuaram a viver com sua mãe. Em 1939 sua educação em Moscou foi interrompida, mas ele voltou à cidade em 1943. Além das aulas normais na escola, começou a estudar música e desenho. Em 1951 ingressou no Instituto de Línguas Orientais de Moscou, mas não pôde completar o curso devido a enfermidades. Em 1954, sua solicitação de entrada no prestigiado Instituto de Cinematografia do Estado (VGIK), em Moscou, sucedeu. Lá, Mikhail Ilych Romm tornou-se seu mais influente professor. Sua amizade com Andrei Mikhalkov-Konchalovsky capitaneou-o a uma parceria no roteiro de Katok i Skripka (1960) [N.T.: mencionado pela autora deste texto como The Steamroller and the Violin, título em inglês], a estréia cinematográfica de Tarkovsky, que rendeu-lhe o diploma no VGIK e que já revelava significativos elementos típicos de seu trabalho posterior.

O primeiro grande filme do diretor foi exibido em Moscou, em abril de 1962. A Infância de Ivan (Ivanovo Detstvo, 1962), baseado em uma história de Vladimir Bogomolov (quem também se envolveu com a filmagem), ganhou o Leão de Ouro no Festival de Cinema de Veneza, no mesmo ano. O reconhecimento internacional que seguiu este sucesso desencadeou uma considerável preocupação ideológica em seu país, que ulteriormente -- no final de 1966, após a estréia de Andrei Rublev (Andrei Rublyov, 1966), que foi exibido paralelamente no festival de Cannes de 1969, onde ganhou um prêmio -- o liberaria para exportação através do Departamento de Filmes Soviéticos apenas em 1973. Da mesma maneira, O Espelho (Zerkalo, 1974), um filme autobiográfico que foi finalizado em 1974 sob uma forte resistência burocrática, alcançou as salas de cinema da Europa ocidental somente alguns anos depois.

Com Solaris (idem, 1971/72), baseado em um romance de ficção científica de Stanislaw Lem, Tarkovsky tocou em um assunto ainda relativamente inócuo na União Soviética na época -- o homem conquistando o espaço --, mas, mesmo assim, sua abordagem gerou uma longa lista de críticas e objeções. Stalker (idem, 1979), o último filme de Tarkovsky na União Soviética, é baseado em Roadside Picnic, uma história dos irmãos Strugatsky, e lida com temas que açulam a visão de mundo do diretor: a oposição entre ciência natural e crença, o futuro da raça humana em vista da ameaça atômica presente e, por fim, a minguante esperança que ainda resta ao homem.

Após uma produção teatral de Hamlet em Moscou, Tarkovsky viajou à Itália em 1982 para filmar Nostalgia (Nostalghia, 1982). Co-produção ítalo-soviética, baseia-se em um roteiro escrito junto ao poeta Tonino Gurerra. O tema é, entretanto, típico do dilema russo: um artista no estrangeiro, castigado pela saudade de casa, impossibilitado de viver em seu país ou longe dele -- um destino que foi reservado ao próprio Tarkovsky nos últimos anos de sua vida.

No outono de 1983 encenou Boris Godunov com grande êxito no Covent Garden Opera, em Londres. Um ano e meio depois, em 1986, seu largamente aclamado livro Esculpir o Tempo (Sculpting in Time; Martins Fontes Ed.; 100 páginas) foi publicado. Ao mesmo tempo, conduzia as preparações para seu último filme, em Berlim, onde estava morando em 1985 com uma bolsa de estudo do Serviço de Intercâmbio Acadêmico Alemão: O Sacrifício (Offret/Sacrificatio, 1986), freqüentemente referido como o grande legado de Tarkovsky.

No final de 1985, após finalizar a filmagem de O Sacrifício na Suécia, Andrei Tarkovsky retornou a Roma, já aflito pela enfermidade a que iria sucumbir um ano depois, em 29 de dezembro de 1986 [N.T.: algumas fontes catalogam sua morte em 28 de dezembro], em uma clínica parisiense de câncer. É enterrado em um cemitério para refugiados russos na cidade de Saint-Genviève-du-Bois, França.


N.T.: Nota do tradutor

Traduzido por Fábio Prikladnicki (prik@ez-poa.com.br)

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Defendam Assange, não o insultem

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23:44

 

por John Pilger

 

"Guardiães dos direitos das mulheres" na imprensa liberal britânica apressaram-se a condenar o fundador da Wikileaks. Na verdade, de todas as vezes que é envolvido no nosso sistema de justiça, os seus direitos individuais fundamentais têm sido violados.


Há quarenta anos, um livro intitulado The Greening of America causou sensação. Na capa estavam escritas estas palavras: "Aproxima-se uma revolução. Não é uma revolução como as do passado. Tem origem no indivíduo". Eu era correspondente nos EUA nessa altura, e lembro-me de como numa noite foi elevado ao status de guru o autor, o jovem académico de Yale, Charles Reich. A sua mensagem era a de que a acção política tinha falhado e só a "cultura" e a introspecção poderiam mudar o mundo. Isto combinado com uma insidiosa campanha de relações públicas empresariais que visava recuperar o capitalismo ocidental a partir do sentimento de liberdade inspirado pelos direitos cívicos e movimentos anti-guerra. Os eufemismos da nova propaganda eram o pós-modernismo, consumismo e "ego-ismo".


O ego era agora o zeitgeist. Impulsionado pelas forças do lucro e da comunicação social, a busca da consciência individual quase dominou o espírito da justiça social e do internacionalismo. Uma nova divindade foi proclamada, o individual era a política. Em 1995, Reich publicou Opposing the System, no qual repudiou quase tudo do The Greening of America.


"Não haverá nenhuma sensação de alívio com insegurança económica ou com a ruína das pessoas," escreveu ele" até reconhecemos que as forças económicas descontroladas criam o conflito e não o bem-estar…." Não houve filas nas livrarias dessa vez. No tempo do neoliberalismo económico, Reich estava em contradição com o individualismo desenfreado da nova elite política e cultural do ocidente.


Falsos tribunos


O restabelecimento do militarismo no ocidente e a busca de uma nova "ameaça" a seguir ao fim da guerra-fria dependiam da desorientação política daqueles que, 20 anos antes, tinham formado uma forte oposição. No 11 de Setembro 2001, eles calaram-se finalmente, e muitos foram cooptados para a "guerra contra o terrorismo". A invasão do Afeganistão em Outubro de 2001 foi apoiada por dirigentes feministas, especialmente nos EUA, onde Hillary Clinton e outros falsos tribunos do feminismo, fizeram da atitude dos Talibãs, relativamente às mulheres afegãs, a justificação para atacarem um país ferido causando a morte de pelo menos 20 mil pessoas, enquanto davam aos Talibãs uma vida nova. De tal modo os senhores da guerra apoiados pelos EUA eram tão medievais como os Talibãs, que não foi permitido suspender o direito em causa. O zeitgeist, através de anos de despolitização "pessoal" e distraindo o verdadeiro radicalismo, tinha funcionado. Nove anos depois, o desastre que é o Afeganistão é a consequência.


Parece que a lição deve ter sido aprendida mais uma vez, com um grupo de feministas da comunicação social a juntarem-se ao ataque a Julian Assange e à Wikileaks, ou "Wikiblokesphere", como Libby Brooks o injuria no Guardian. Do Times até ao New Statesman, é dada uma aparente credibilidade feminista às acusações caóticas, incompetentes e contraditórias contra Assange na Suécia.
On 9 December, the Guardian published a long, supine interview by Amelia Gentleman with Claes Borgström, the "highly respected Swedish lawyer". In fact, Borgström is foremost a politician, a powerful member of the Social Democratic Party. He intervened in the Assange case only when the senior prosecutor in Stockholm dismissed the "rape" allegation as based on "no evidence". In Gentleman's Guardian article, an anonymous source whispers to us that Assange's "behaviour towards women . . . was going to get him into trouble". This smear was taken up by Brooks in the paper that same day. Ken Loach and I and others on "the left" are "shoulder to shoulder" with the misogynists and "conspiracy theorists". To hell with journalistic inquiry. Ignorance and prejudice rule. Em 9 de Dezembro, o Guardian publicou uma entrevista longa e indiferente entrevista de Amelia Gentleman a Claes Borgström, "o altamente respeitado jurista sueco".

De facto, Borgström é acima de tudo um político e um poderoso membro do Partido Social-Democrata. Ele interveio no caso Assange apenas quando o promotor sénior em Estocolmo rejeitou a acusação de "violação" com base na "falta de prova". No artigo de Gentleman no Guardian uma fonte anónima resmunga que o "comportamento de Assange para com as mulheres… ia dar-lhe problemas". Essa calúnia foi retomada por Brooks no jornal nesse mesmo dia. Ken Loach, eu próprio e outras pessoas "de esquerda" estamos "ombro a ombro" com os misóginos e "teóricos da conspiração". Para o inferno com a investigação jornalística. A ignorância e o preconceito é que mandam.


O advogado australiano James Catlin, que representou Assange em Outubro, diz que ambas as mulheres envolvidas no caso disseram aos promotores que consentiram ter sexo com Assange. Depois do "crime", uma das mulheres deu uma festa em honra de Assange. Quando perguntaram a Borgstörm porque estava a representar as mulheres tendo elas negado terem sido violadas, ele respondeu: "Pois, mas elas não são advogadas". Catlin descreve o sistema de justiça da Suécia como "uma anedota". Durante três meses, Assange e os seus advogados, pediram às autoridades suecas para os deixarem ver a acusação. Isto foi-lhes negado até 18 de Novembro, quando chegou o primeiro documento oficial – em língua sueca, em contrário do direito Europa.


A ameaça descoberta


Assange ainda não foi acusado de nada. Nunca fugiu. Pediu e obteve autorização para sair da Suécia, e a polícia britânica sabia do seu paradeiro desde a sua chegada àquele país. Tudo isto não impediu um magistrado londrino em 7 de Dezembro de ignorar sete cauções e de o enviar para a solitária na Prisão de Wandsworth.
Em todas as vezes, os direitos fundamentais de Assange foram violados. O cobarde governo australiano, que está legalmente obrigado a apoiar os seus cidadãos fez uma ameaça velada para lhe tirar o passaporte. Nos seus comentários públicos, a primeira-ministra, Julia Gillard, rasgou vergonhosamente a presunção de inocência subjacente à lei australiana. O ministro dos Negócios Estrangeiros australiano devia ter chamado os dois embaixadores da Suécia e dos EUA, para os alertar contra qualquer abuso dos direitos humanos contra Assange, tais como o crime de incitamento ao assassinato.


Em contraste, um grande número de pessoas dignas em todo o mundo têm-se unido no apoio a Assange: pessoas que não são nem misóginas nem "cães de assalto da internet", para citar Libby Brooks, e que apoiam um conjunto de valores muito diferente daqueles defendidos por Charles Reich. Estão aí incluídas muitas feministas célebres, tais como Naomi Klein, que escreveu: " A violação está a ser utilizada na acusação a Assange da mesma forma que a liberdade das mulheres foi utilizada para invadir o Afeganistão. Acordem!

O original encontra-se em http://uruknet.net/?p=m72916&hd=&size=1&l=e e a versão em português em http://tribunaliraque.info/pagina/artigos/depoimentos.html?artigo=815 . Tradução de F. Macias (c/ pequenas alterações de resistir.info).


Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .

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Wikileaks: Casa Branca financia blogueiros de Cuba

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08:58

Por Operaleaks 25/12/2010 às 20:37

 

 

Blogueiros e tuiteiros "dissidentes" de Cuba são financiados pela Casa Branca
Se Yoani Sanchez e colegas fossem americanos e fizessem exatamente a mesma coisa para outro país nos EUA seriam presos e provavelmente fuzilados. Em Cuba continuam livres e posando de vítimas para a mídia internacional com os bolsos cheios de dólares. Não há um país no mundo onde esse comportamento não renda prisão perpétua ou execução.

OperaLeaks


Daniella Cambaúva ? Redação


Mensagens secretas enviadas pelo chefe do Escritório de Interesses dos Estados Unidos em Havana, Jonathan Farrar, ao Departamento de Estado e divulgadas pelo Wikileaks descrevem o encontro entre a subsecretária de Estado adjunta para a América Latina, Bisa Williams, e dissidentes cubanos.


Durante uma visita feita a Havana, em setembro de 2009, cujo objetivo era dialogar sobre o restabelecimento de correspondência direta entre Cuba e os EUA, a norte-americana - a funcionária de mais alto nível que visitou Cuba em décadas - se reuniu com blogueiros oposicionistas do regime cubano, entre eles, a sensação internacional Yoani Sanchez.


O informe foi enviado em 25 de setembro de 2009 e divulgado no domingo (19/12). Ao referir-se ao encontro que a funcionária teve com os blogueiros, Farrar escreveu: ?Os blogueiros que, em parte por sua própria preservação, não querem estar agrupados com a comunidade dissidente, estavam igualmente otimistas com o curso dos acontecimentos.?


De acordo com os vazamentos, o chefe do Escritório de Interesses em Havana assegurou que "é a nova geração de ?dissidentes não tradicionais?, como [a blogueira] Yoani Sanchez, poderia ter impacto de longo prazo na Cuba pós-Fidel Castro".


Na reunião, Yoani defendeu a aproximação com os EUA para mudar a política da ilha. "Uma melhora das relações dos EUA é absolutamente necessária para que surja a democracia aqui?, disse a blogueira dissidente.

 
No encontro, foi destacado um pedido feito por Yoani: o fim da restrição a compras feitas pela internet. "As restrições só nos prejudicam?, disse a cubana. "Sabe o quanto poderíamos fazer se pudéssemos usar o Pay Pal ou comprar produtos on-line com um cartão de crédito?"sugeriu ela à Bisa.


Segundo documentos públicos do Senado norte-americano, a maior parte dos fundos públicos destinados a promover a mudança de governo em Cuba é enviada aos blogueiros e tuiteiros. São mais de cinco milhões de dólares por ano, informou o site cubano Cuba Debate.


Em outro despacho, datado de 27 de novembro de 2006, o ex-chefe do Escritório de Interesses, Michel E. Parmly, descreve uma reunião de funcionários da sede diplomática com "jovens ativistas pela democracia", realizada "no quintal da residência de um diplomata norte-americano em Havana".
Parmly escreveu que esperava que as autoridades cubanas reagissem a esse encontro "carimbando os jovens líderes como agentes do governo dos EUA? [Nós] estaremos trabalhando da mesma maneira que o governo cubano para incentivar as ações em outra direção, mais concretamente, articulando um maior e melhor trabalho na rede com os estudantes universitários que se opõem ao regime."


Em 1º de junho de 2010, um despacho enviado pelo representante máximo da diplomacia norte-americana na ilha, Johnatan Farrar, dedica um trecho de seu informe à Yoani Sanchez e à atenção dispensada pelo governo dos EUA:
"O pensamento convencional em Havana é que o governo de Cuba vê os blogueiros como seu mais sério desafio, que tem dificuldades para conter como fez com os grupos tradicionais de oposição. Os dissidentes da ?velha guarda? estão bastante isolados do resto da ilha. O governo de Cuba não presta muita atenção a seus artigos e manifestos, porque não têm ressonância nacional e possuem um peso muito limitado internacionalmente".

 

 

 

TEXTO ORIGINAL EM>>midiaindependente

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Videoarte: Poema e Poesia

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09:55

DE  João Leno Lima

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