O POETA SENTE O PESO DA ALMA DO ABSOLUTO

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É sempre a alma a primeira e a ultima a sentir.
o corpo atravessa os eixos possíveis
mas a alma rasga-se pelos espaços interiores
e sangra não sangue mas sonhos.
como blocos de gelos deslizando pelos vulcões dos sentidos
eu desço em espiral na contra mão absoluta
dos meus próprios fantasmas flexíveis.
é sempre a alma a mergulhar-se completamente no
âmago depois do ultimo suspiro alcançável
como o grito que como um raio afunda o invisível
deixando uma cratera de angustia nos
mundos imaginários do sentir.
quando tu vais percorrer como um cometa circular
todas as direções que são permitidas
pelo teu instante presente sempre presente?...
como quadros abstratos abandonados nas ruas
vamos deixando nossos pensamentos essências se
arrastarem pelos becos das horas
como paralelas intimidades inanimadas.
eu, você e os mundos impossíveis promovemos
orgias nas bordas das nossas extremidades pessoais
como anjos feridos por seus próprios desejos de desejos.
espatifamos a nós mesmo mil vezes
jogamos os cacos nas goelas das memórias
e partimos para novos caminhos desasticuladores,
como se auroras e crepúsculos me oferecessem
taças inimagináveis repletas de estrelas
saídas das nossas próprias constelações gritantes
nos afogamos em túneis flutuantes emoldurados por imensidões
e cercado de horizontes cheios de versos perfeitos
e na alma a certeza que existe um absoluto universo a ser percorrido...
mesmo que em cada verso agora haja um vazio
corroendo-o pelas bordas tentando abrir uma fenda
e sufocá-lo com suas mãos de naufrágio
e lagrima-lanças transpassando o rosto sem máscara
e eu longe de engoli-los ou vencê-los às vezes entrego-me às incertezas
como uma ave solitária num céu tempestuoso,
como o olhar do meu amigo ajoelhado no centro de um libiirnto de
lajeamento criado por ele mesmo e que mata ele e todos ao redor
como o verso solitário guardado para um poema nunca escrito.
Mesmo assim a alma se dispara como uma luz indomável
Que surge como um verso no coração do poeta
Por que minha alma é um absoluto
dentro da alma do absoluto.







João Leno Lima

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13:58



Um certo universo se expande na minha alma.
É como mergulhar nas densas extremidades desconhecidas da atemporalidade.
no começo, fundiu-me com o passado e o presente nascendo gotas ensopadas
de horas cinzas dissonantes.
Chocou-se com o amargo dos mundos
apenas habitados pela memória e
enroscou-se nos pescoços do destino.
como o filho nos colos da natureza intima.
Sim, um certo universo se expande na minha alma.
Como mecanismos cheios
de conclusões antepassadas indivisíveis
Que se desconstroi em novas ciências abstratas.
Como a força inextrincável das leis divinas.
Está perto desse universo é o mesmo
que estar frente a frente com uma
poesia sendo escrito, cada verso tem a
imensidão de uma nuvem que traz a
sombra na hora exata,
rimas temporárias mesclam-se com café
tomado das salivas dos segundos
ah.. um certo universo se expande na minha alma.
Não ha tempo nem espaço nele,
há asas que crescem cada vez mais quanto mais
que me jogo a essa certeza sensitiva de eternidade colossal,
será que os anjos sentem o mesmo com a mesma reciprocidade entre si?
será que Andrômeda sente-se levemente enciumadas
com essa nova galáxia que reinventa o sublime?
Meu deus parece que conheço esse universo desde sempre
Por que nunca me dissertes?
"calma Poeta” ele me diz
e joga-me na certeza
abismal que passa por baixo das
tempestades, vaga entre as fechas dos
olhares tristes como se passasse por
baixo das portas da solidão deslizando
pelas paredes de vidro dos rostos
apreensivos por alguma ausência tão
abstrata quando real como se o
invisível fosse um grito calejando
os ouvidos do silencio.
Manhãs, tardes e noites, me ouçam...
Um certo universo se expande na minha alma.
Como um cometa psíquico que me leva para um longe inconsciente
como se houvessem pequenos portais em cada fragmento liquido da chuva,
sim, invoco as leis cósmicas para reger esse poema,
como carruagens comandadas por todos os sentidos,
invoco o sol, esse carteiro metafísico das sensações esperançosas,
invoco a matemática da natureza,
a linguagem sábia das crianças,
a dramaticidade translúcida dos poetas,
de Werther a Álvaro de Campos um certo universo se expande na minha alma..
poetas, cada lagrima revelou pequenas estrelas tristes
como feridas no coração da galáxia,
abracei esse universo com os braços calmos do meu pensamento
querendo transferir para mim essa dor intransferível
e deixá-lo apenas com as constelações.
fracassei? minha mão tocou tuas mãos invisivelmente
para evitar qualquer desolação...fracassei?
Meu deus, já é tarde nessa eternidade!
nessas teias tridimensionais
formado por seres humanos consolados pela companhia um do outro não há tempo.
não há relógio capaz de acompanhar essa forma de absoluto
arrisco dizer que no calendário da alma há um recomeço,
há um novo espaço, uma nova sensação possível,
um novo sorriso no impossível, novas musica embalando um redemoinho otimista,
novos ventos descabelando o horizonte descoberto.
Definitivamente...
Um certo universo se expande em nossas minha alma.

Joao Leno Lima
05-03-2009

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Olho Cósmico

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10:11

A nébula é formada por gás e poeira lançados por uma estrela central de pouca luminosidade, já em vias de desaparecer.De acordo com o ESO, o principal anel de Hélix tem um diâmetro de cerca de dois anos-luz - ou seja, de mais de 18 trilhões de quilômetros.


Apesar da imagem espetacular, é difícil ver a nébula pois sua luz é dissipada por uma vasta área do espaço. Hélix apareceu pela primeira vez em uma lista de objetos compilada pelo astrônomo alemão Karl Ludwig Harding, em 1824.


O nome vem das primeiras fotografias tiradas, em que a nébula parecia ter um formato de sacarrolha. Segundo o ESO, estudos indicam que ela é formada por pelo menos dois anéis externos.


O disco interno, que pode ter sido formado há cerca de 12 mil anos, parece estar se expandindo a uma velocidade de 100 mil quilômetros por hora.


Os astrônomos acreditam que a nébula Hélix está relativamente perto da Terra e que, por isso, pode ser estudada de maneira mais minuciosa, disse o ESO.



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