SAIL TO THE MOON

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12:00
Vi pessoas humildes se reunindo com suas almas gigantes
e senti a eternidade como quem sente uma chuva inesperada
na contra mão dos corações soterrados de tristezas.
Margulhar na eternidade;
com seus dentes sublimes de tubarões imaginários
devorando com destreza a mim,
é devorar buracos negros insatisfeitos e contemplativos
de imensas tempestades, as vezes, maior que nossas
próprias sombras.
Essas pessoas tinham nos olhos
suas próprias almas penduradas nas palpebras.
E suas vibrações sonoras ensurdecem
com rosnar de violinos e grito-pianos
as horas mortas de sentir.
O que é o delírio perante crianças brincando
no vasto campo aberto de si mesmas?
O que é a insatisfação perante o olhar recipocro
dos invenciveis amentes pendurados
na magia sentimental das almas?
Penduro a chuva na minha pulsação noturna
e canto a canção de flutuação inesgotada.
As vezes minha desafinação pulsa por longos quilometros
acorrentada as nuvens ilusórias de mim mesmo
Mas, sempre volto... como pequenos versos sublimes
com litorais de crianças com brinquedos mágicos
que se cercam em volta da existência
como quem ouve os conselhos
de todos os universos...







João Leno Lima
28-05-09

Entulho Cósmico

Toda a palavra é um verso e todo o verso é um infinito

2 comentários:

  1. "I sucked the moon
    I spoke too soon
    And how muuuch did it coast?"

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  2. eu vasculhava o you tube e me deparei com o video sail to the moom, e ao ver teu blog encontro estes versos...com o mesmo titulo.
    é interessante ouvir e ler ambos ao mesmo tempo.

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