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10:21
Por favor, não tente definir o absoluto.
na ausência da palavras que defina o sublime
as almas entregues a si mesmas dialogam
Com gestos vindos das profundezas dos gemidos dos transcendentes.
explosão de constelação rasgam os corpos
Tudo parece se encaixar, o infinito e o espaço interior,
as mãos transpassam-se atravessando júpiter e indo além e
voltando desperadadamente vertiginosa na sua
lucidez de galáxias..e nós,
de mãos dadas com os universos perfeitos.
nos tornamos por mais de um segundo...absolutos.

por favor, não tente definir o infinito.
na ausência da lógica que comove as almas
a minha convulsão é pelo corpo da alma da musa.
pela afeto indefinível da certeza entranhada no
verbo do sentir e no túnel que brota como porta além do cotidiano.
o irremediável vento da manha que bagunça as
mascaras existências e nos arremessam num marca passo de delírios.
se deus nunca deixou de criar, desejo que ele
crie uma estrela que servirá de abrigo a
nossas nuvens pessoais.

por favor, não tente definir o sentir.
ah quantas violações de cadáver de sonhos para
termos nosso momento inexprimível.
toca um blues na penumbra da madrugada enquanto
movo-me para longe das pontas dos dedos do cume.
sinto os universos quando passeio
pelo teus poros excêntricos.
sinto rajadas de ventos com mil braços
abraçando as meu arquitetônico silencio,
minha pirotecnia de translucidez contínua,
na nevoa que cobre o campo do meu
destino para ele florescer na
hora exato enquanto corro corro corro...

Por favor, não tente definir a eternidade.
ela esta no toque mágico nos lábios de
uma estrela ou em zigue zagues no
tempo espaço de si mesmo.
no sono latente quando imaginamos as asas que já temos,
meu deus, como é delicado o rosto da realidade do sonho,
no alvoroço de crianças com rostos soterrados pela
madrugada só com a companhia de si mesma.
como é frio sentir a brisa do abismo das memórias.
sobe-me a garganta um grito com versos que pesam mais
que intermináveis chuvas de meteoros mas
eles acabam se tornando pequenas luzes no interior dos meus universos.
estamos definitivamente sentindo quando sentimos em poesia.
a vida que as vezes parece um convenção de
lógicas impossíveis torna-se o
espetáculo abstrato da matemática possível,
alcançamos graus medonhos e definhamos para afundar o
chão com o peso dos nossos desejos mútuos



por favor, não tente definir-se
so o que te defini é o indefinível.
nos corações banhados de cometas que
percorrem seus próprios universos sublimes
cavalgando em mares e montanhas vindas além do tempo
no magrittiano súbito atravessar de paredes
como parte irreversível da evolução cósmica
meu átomo com atos perfeitos ao mergulhar
nos líquidos flutuantes dos interiores
em expirais de delírios acima dos zincos das angustias
ele percorre a vida se expandido além dela.
o possível é a alma sentindo
nascemos dentro do oceano por isso
respiramos profundidades poéticas impossíveis
caímos e nos espatifamos mil vezes
por isso estamos pronto para nos arremessar destruindo barreiras
ilusões e fracassos persistiram em
pousar em nossas pálpebras
por isso estamos prontos para andar de mãos
dadas com o que antes era inalcançável.
sonhamos quando a alma sonha.
por favor, não tente definir o sonho muito menos alma
a união dos dois formam definitivamente um ser.






By: João Leno Lima

Entulho Cósmico

Toda a palavra é um verso e todo o verso é um infinito

Um comentário:

  1. Definir é o maior erro da raça humana. Pq vc perde a essência do sentir e racionaliza. Tenho ainda muito o que aprender. Poderia corrigir mil aspectos gramaticais em um texto, mas poderia sentir a atmosfera onírica que envolve a explosão do poeta?
    Ah, quando der as mãos a alguém, voe com esse amante e se lance no infinito. Os pedaços q se espatifarem, é pq não pertenciam a tua essência, não eram para estar em ti mesmo.

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