RELVA INVISIVEL

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Morre dentro de mim o universo
Cala minha voz eternamente vulcânica
Sangra meu desejo oco por transcendência
Atinge a ultima torre gélida da aurora
Pratica sexo com minha infinitude alucinante
Quem poderia ser eu a não ser, relva.
Punhado de poças de lamas flutuantes
Convexos inesgotáveis
Substancias alquimistas do cosmo
Estrelas que saem das bocas das crianças
Atalho que leva a nuvem
Olhar que devora ate os ossos os movimentos
Não há movimento que não seja inconscientemente observado
Não há desejo sem trasnconciencia mágica
Não há formula que contenha todas as formulas oniscientes
Fujo ate poente
O poente foge-me entre os dedos
invento a leitura matinal da minha alma
Os livros da minha alma estão cheio de traças poéticas
Quero declarar a independência da minha matéria inócua
Que salivar meus sonhos nos ouvidos da inesgotabilidade
Quero atravessar os oceanos dos sentidos
Apenas num absoluto pensamento
Rasgo as folhas em branco
É melhor um poema do que o nada
É melhor o nada do que desaparecimento inevitável
É melhor uma vida do que uma não-vida respirando
A idéia de Deus é oca a idéia que o universo se expande
Este escrito na minha existencialidade
Cada lágrima contem a segredo que move o mundo
Ou cada lágrima contem o segredo que me move
Ou seja, quem será mais improvável eu ou minha sombra?
Minha sombra sangra por mim eu sangro por minha alma
Minha alma sangra mundo o mundo sangra no meu ser
Sua loucura e raciocínio me faze delirar
Numa orgia desesperante e lenta, mas elétrica, mas extraordinária.
Mas inexplorável, mas inalcançável,
mas incompreensível,
mas infinitamente humana...












João Leno Lima

Entulho Cósmico

Toda a palavra é um verso e todo o verso é um infinito

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