OBSCURA INALCANÇABILIDADE VISIVEL

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As vezes fundo-me com os pequenos anjos solitários esquecidos
na invisibilidade sufocante da praça
debaixo dos olhares entre o vácuo entre o tempo e espaço.
seus rostos são pequenos corações cheios de lágrimas do invisível.
elas parecem imperceptíveis
como as nuvens e os pássaros do cotidiano
mas fragmentam-se rasgando as ruas como
plumas num vento indomável.
são pássaros andando em bando num redemoinho silencioso
se desviando dos corpos indiferentes, das mãos violentas do inalcançável,
do bafo de cansaço da noite, apos correr correr longe demais de si mesmas
e cair, despencar, espatifar-se em lembranças sem lembranças
e ruir desmoronando em si o possível.
para na manhã seguinte vê se repetir
em ordens decrescentes de sentido
a desoladora travessia no labirinto das existências impossíveis.




















Joao Leno Lima
12 de Janeiro de 2009

Entulho Cósmico

Toda a palavra é um verso e todo o verso é um infinito

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