CRIANÇAS ALCANÇANDO ESTRELAS COM A LENTERNA MÁGICA DO SENTIR.

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Pensando em mim nesse exato momento
eu despenco num abismo para cima
como um o grito de um vulcão
na esperança de encontrar refugio em alguma estrela.
pensando em mim nesse exato momento
despedaço-me.
lógicas matérias e pequenos corrimões
levam a lugares esmos das memórias,
como o mar nos expulsando de seu litoral
com sopros dos pulmões da noite,
por desejarmos alcançar as galáxias.
meu coração é uma procissão
sobre as águas angustiantes
onde nos tornamos horizontes entreabertos
meus amigos balbuciam um reino de palavras
mas eu permaneço flagelado pelo meu próprio silencio...
tento acalmar-me com o vento
e escrever pergaminhos de sensações
nas costas de deus sobre as águas verdes do destino.
mas calo-me e deixo os cães fantasmas me cercarem
ate me abandonarem no litoral do invisível.
o vocabulário da minha tristeza
foi sufocado pelo espiral da pungente manifestação de ser.
E já quero ser todo os olhares ao mesmo tempo
e mesmo se ainda me sentisse cego perante
a absoluta inalcansabilidade dessassossegante
de voar em intermináveis extremidades
sem tempo nem espaço
nem escada nem portas
nem túneis nem janelas
so precisaria voar,
voar na absoluta extremidade na nao-materia
como versos pulando a pagina e
fincando os dois pés o mundo.
E esse mundo flutuaria conforme meu querer
Aboliria o tempo, o espaço, o amor sem amor
as distancias entre os corpos.O intransponível.
E destruiria as jaulas dos mais reluzentes sonhos
Para eles nos conduzirem a plenitude.
Ah desequilibro intimo
Não percebes o equilibro das almas navegando?
no suor oceânico das ânsias pelo ar? Pelo vôo? Por amar o libertário sentido?
assim como os poetas
que escrevem seus poemas rumo a eternidade.
ah meu deus me diz o que é a eternidade?
será o canto sublime dos anjos nos ombros do sentir?
será a criança que sorri ensurdecendo qualquer tempestade?
será a voz da musa trazendo de volta
a esperança ao coração sacrificado pelo amar?
será uma constelação de rostos
caminhando no cotidiano da manha veloz?.
quero estar perto do vento
ou perto das nuvens o tempo todo.
na ilha magistral eu e meus amigos saímos para ver estrelas
e nos tornamos uma em nossos próprios céus gigantes
caminhamos em nós mesmos como a estrofe da musica
que sobrevoa a própria musica
ou a cena de um filme que sobrevive mesmo após o final...
verdades, mentiras, sussurros, soluços,
meu ser arrisca-se na corda bamba de
desejar sempre o ato de possuir pequenos universos.
como criança que brinca no litoral indiferente ao onipotente mar.
ainda há tempo além do tempo necessário,
despenco meu rosto num museu de lembranças flutuantes,
acordei sentindo o amargo através de um impossível querer
e o impossível querer é apenas
o que não queremos mais com poesia...
pensando em mim mesmo
as vezes olho para o deserto ao meu redor
e percebo que não houve pegadas nas areias intransponíveis do eu
fique invisível até para a solidão
só os anjos dos sonhos podem me ver.















Joao Leno Lima
06 de Janeiro de 2009

Entulho Cósmico

Toda a palavra é um verso e todo o verso é um infinito

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