Procura-se Amy ( Chasing Amy)

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Procura-se Amy do diretor indenpedente Kevin Smith do aclamado
O Balconista (Clerks), em 1994.
Trata de alguns temas que são tabus ainda em certos setores da sociedade.
A Sexualidade.A historia gira em torno de Holden McNeil e Banky Edwards (Ben Affleck, Joey Lauren em atuações inspiradíssimas) sendo que Bem Affleck de ( O Gênio Indomável e Pearl Harbor) está provavelmente na melhor atuação de sua carreira e ambos trabalham com quadrinhos (parceiros de trabalho) e estão na sua melhor fase, ate Holden conhecer Alyssa Jones (Jason Lee) que também trabalha com quadrinhos. Alternando em momentos de humor negro como o personagem Hooper X (Dwight Ewell) uma espécie de ídolo da comunidade negra nos quadrinhos mas que esconde sua homossexualidade enquanto posa de macho e antibranco para o público, as crises de relacionamentos também são expostas quando Honden começa a se envolvem com Alyssa sem ela saber que ele esta apaixonado até ficar chocado quando decobre que ela é lésbica.
Nesse momento o filme entrelaça seus diálogos afiados com cenas arrebatadoras, Kevin Smith constrói seus personagens deixando-os livres e sem amarras por paisagens cotidianas e sem maneirismo e artificialidade, como a cena que Honden e Alyssa conversando sobre suas preferências sexuais enquanto se embalam num balanço numa tarde fria, Holden apesar de ser um artista, conserva um conservadorismo quase infantil, para ele as relações entre homem e mulher são intocáveis e qualquer mudança fora do normal é absurdamente inexplicável, mas Alysse acredita que assim expandindo suas perspectiva de relacionamentos encontrará mais fácil aquela pessoa que a fará feliz independente de ser homem ou mulher. Aos poucos que o filme vai avançando ambos ficam mais próximos e mais íntimos enquanto Banky não aceita esse relacionamento amigável por justamente ela ser lésbica. Diálogos machistas e brigas vicerais e profundas formas as camadas de um filme tão esteticamente simples mas tão profundamente relevante, no meio de todo esse turbilhão do encontro de dois mundos completamente diferentes Hondel e Alysse se apaixonam, numa das cenas mais belas do filme e entre crises e o choque inicial ambos entregam-se a essa mórbida possibilidade.
Holden agora precisa conviver com esse passado enquanto Alysse abre mão do seu mundo e de sua comunidade e amigas que não aceitam sua escolha, Banky também não aceita e querendo fazer seu amigo perceber que é um relacionamento supostamente absurdo e sem futuro, o instiga a pensar sobre o passado dela e seus desejos que pode aflorar a qualquer momento, tentando assim causar dúvidas e paranóias na cabeça do seu melhor amigo e sócio mas ambos permanecem bem até Holden estragar tudo quando decobre que ele não foi o primeiro homem da vida dela.
Obcecado por ideologias cronicamente machistas que toma conta de suas ações e pensamentos, Holden revela sua insegurança, seus medos e suas razões orgulhosamente masculinas, perdendo ela aos poucos, ele se vê num beco sem saída do seu próprio orgulho e arremessado num canto de bar numa noite solitária, alternando entre um cigarro e outro recebe a visita inesperada de dois amigos que aparentemente não têm nada a acrescentar e assim ele ouve a historia de Amy, uma garota que um desses dois amigos conheceu, mas que por orgulho e infantilidade machista ele a perde e ao perdê-la descobre que essa garota era e sempre foi e será a pessoa que ele passou a vida inteira procurando. Assim, melancolicamente, ela passa o resto dos dias procurando alguém como ela alguém como Amy. Entre encontros e desencontros Kevin Smith deixa-nos mergulhado em nossos próprios conceitos e com a certeza que estamos assistindo a um filme sincero, que trata dos confusos relacionamentos da vida moderna e torna-se tão íntimo e espelho de nossa sociedade que vem aos poucos perdendo a fé nas relações humanas. Um filme obrigatório, um dos melhores filmes de Kevin e uma obra agradável que certamente fará parte da coleção de filmes indispensáveis para se assitir entes de morrer.

Entulho Cósmico

Toda a palavra é um verso e todo o verso é um infinito

Um comentário:

  1. Finalmente te encontro...meu lado esquerdo da inconsciência...É (para melhores esclarecimentos) a tamy, tua sobrinhacosmonautareticente.Esta é a segunda vez que tento postar um comentário.O blog é incrível!Vou tomar a liberdade de qualquer dia colocar um dos poemas novos como comentário para que leias.Como estás? Espero uma ligação tua qlquer dia. Tens escrito? Sinto saudades. Lembrei que tinhas me falado deste filme por tel ainda n encontrei ele, estou doida p ver. Vou sempre visitar o blog. Fica bem. Sempre com as estrelas...e o UIVO. o NOSSO uivo, aquele do mundo, mundodoceestranhomundo. Fica bem.;

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