Dispara novamente sobre meu canto a insatisfação do tempo.
No intermédio desfavorável das caricias silenciosas dos ventos,
Vaga os sorrisos na contramão.
Enamorados silenciosos ventam
Cruzando os caminhos da cena frágil do olhar;
Quero devorar as horas
Insisto quero devorar a solidão.
Alimenta-la com vultos indesejáveis de sonhos
E cobri-la com meu manto oculto decapitado pelo destino.
Rendo-me
Quero devorar-me com salivas de tardes desabitadas da fala
O que é a fala se tudo em mim espatifa-se num grito incomunicável?
João Leno Lima
07-06-2009
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