TRISTEZA MISTURADA

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Quero viver os relâmpagos da eternidade.
Meus destroços eu jogo pelos abismos.
sou algo entre algo sentimental entre
forças infinitas e paixões finitas abstratas.
Sou uma ponte cambaleando em meio à tempestade.
Meu primeiro olhar foi de medo
e logo em seguida de pânico depois
de sonho e desaguou em poesia...
rodopios de poemas na contramão da verdade.
Fragmento formando o corpo verossímil da
temporalidade das coisas.
Era como se eu pudesse aprisionar o invisível.
Solto no ar, os movimentos tendem a percorrer-se mutuamente.
Ah o suor do grito o deixa visível para o silencio.
Deus, não me confunda com o inabalável,
com o inesgotável, com o impossível,inquebravel
mesmo sabendo que o sou inegavelmente
querendo ser o avesso disso o que na alma sou...
as palavras se cruzam e nasce um poema...o sentimento.
Alastra-se pelas paredes-memória
e permanece sem despermanecer.
Funde-se em mecanismo poéticos,
enrosca-se entre os joelhos dos universos,
sobe para os umbigos sedutores das estrelas,
pelos lábios das asas que quando se abrem engolem o sol
para senti-lo dentro,
ele, o sol, sente-se comovido
e joga suas lanças esperançosas
nos corações dos sentidos.
mil sentidos,
mil sentidos,
ouça-me anjos, um dia terei mais de mil sentidos
e viajarei nas linhas sólidas dos pensamentos impossíveis
e sentirei a tudo como se tudo fosse apenas parte
de um tudo maior onde decifrarei na eternidade.
vamos mergulhar nossas cabeças em oceanos perfeitos e
atravessar nossos próprios atlânticos pessoais?
mas agora...
nesse ambiente de trabalho sob o olhar atento do vazio e
sob a lupa do inevitável
sinto apenas a solidão me acolher como
uma criança esquecida por si mesma nos
degraus das passagens das horas..
Leva-me para um longe desconhecido
e deixa-me lá
e que esse longe seja o mais perto de mim possível...





Joao Leno Lima em
27-02-2009

Entulho Cósmico

Toda a palavra é um verso e todo o verso é um infinito

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