Um unico todos os universos

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13:25


no oceano de mim mais profundamente distante
rastros de infinitos deixam marcas no tempo,
as melodias suaves melodias
indivisíveis embalam novas auroras,
e eu, antes alma errática sobrevivente ao
vazio gole de mim e do mundo,
agora, erradio inesgotáveis sóis sobre meus
universos exuberantes,
mesmo que a historia se
repetir e eu cair
espatifando-me no abstrato chão do abismo,
minha alma ficará intacta como o vento mais perfeito,
quantos universos ainda precisarei
conhecer ate conhece-me
completamente?,
vago entre intermediarias
confusões desangustiadoras
e entulhos de muros
derrubados pela minha translucidez contínua
com a sanidade das galáxias,
estamos em todas as
dimensões ao mesmo tempo
sendo nossas almas uma, onde estrelas infinitas
giram em torno de nós
e na ausência da lógica do futuro viajamos
como cometas desbravando o espaço desconhecido,
o que será de nós se confunde
com o nascimento de uma
estrela que poderá ser
engolida por um buraco
negro ou pode se tornar o
centro de luz do magnetismo
do tempo-espaço mais inesgotáveis,
não mais um solitário oceano,
não mais um crepuscular deserto,
não mais a voz rouca de um
poente dissonante,
não mais céu sem nuvens
e auroras sem corações pulsantes,
não mais o rumo natural de precipício,
não mais nao-eu e ninguém,
atravessando os mares, Lisboa,
campos abertos nos paises baixos,
luzes vermelhas no oriente
penetrando nas densas
camadas geladas,
pelas desolações dos povos abandonados
pela respiração ofegante do nascimento de um novo ser,
pousando nas pálpebras
de um inocente pairando na
noite sem eco, pelas ruas
oblíquos às memórias,
pelos beijos roubados da noite,
pelo vento trazendo as mãos
pra perto da outra, por
nossas asas que tem o
tamanho dos universos,
nós, o poema e a poesia
unindo-se na perfeição do
sonho, nós, auroras e crepúsculos na mesma música,
gritos engolidos por silêncios esplendidos,
profundezas absolutas como pegadas visíveis,
chuvas saídas primeiro de nossos pensamentos,
luas que brotam nas mãos leves,
ventos como personagem de um quadro perfeito.



By João Leno Lima

Entulho Cósmico

Toda a palavra é um verso e todo o verso é um infinito

2 comentários:

  1. Mais um lindo poema, Leno!
    Vou guardar estes versos

    "espatifando-me no abstrato chão do abismo,
    minha alma ficará intacta como o vento mais perfeito"

    Obrigado por eles, já me apossei, rs

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  2. ainda tá vivo...que booom!

    (sobre o poema...ainda vou ler...xD)

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