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O mar sempre foi motivo de fascínio entre poetas e artistas em geral da literatura a pintura a fotografia e na musica ele sempre foi motivo de inspiração e mistério profundos para todos nós e nos lembrando disso Adriana Calcanhoto nos entrega o que já é desde de já um profundo mergulho no seu oceano intimo onde descemos para sentir melhor nossa próprio profundida, Maré (2008) faz parte uma espécie de trilogia conceitual que iniciou-se com Maritmo (1998), e é o oitavo disco da gaúcha que adotou o rio de Janeiro para viver e foi ele que deu a paissagem alem dos versos de Dorival Caymmi, Arnaldo Antunes Ferreira Gullar e Caetano Veloso, para o que ja é um dos melhores albuns lançados por ela e pela MPB nos ultimos anos.
Uma bateria eletrônica e um violão bossa nova abre de forma magistral o disco, o moderno e pos-moderno no mesmo ambiente na mesma linguagam ou como diz a própria adriana “ ou será so linguagem?” e vamos nos familiarizando com as imagens ensopadas de memorias e afogadas num cotidiano disfarçadamente desconhecido, Violinos e uma Adriana impecavel mergulha mais ainda para a primeira obra prima do disco "Seu Pensamento" classica musica tipicamente de adriana, um violão ondulante que toma conta da melodia e a poetisa vagando pelas infinitudes do Horizonte tentando alcançar nossos pensamentos mais inalcansaveis uma melodia irresistivel se esculpe entre a vocalização e temos a sensanção de uma leve flutuação em nossos proprios pensamentos inabalaveis para entao Adriana apresnetar "Tres" mais uma vez o violão, agora tenso, tremulo, uma especia de "dança da solidao" é base bossa nova para uma adriana determinada a escancarar seus mais profundos medos e encontrar um lugar dentro desse oceano para a reivenção de si mesma.o mundo como diz adriana "se resumia a tedio e pó", o aspero embiente nesse samba cinza faz um longo percusso e adriana asfixiada canta confusa pelos litorais de si masma. PortoAlegre, musica onde a Adriana Homenageia sua cidade natal é uma musica que distoa ate entao do disco e ainda trz Marisa Monte como dueto, musica lembrando os trabalhos de Adriana no projeto "Adriana Partimpim "(2004), onde temas mais voltado para o publico infantial era interpretados pela cantora. agora sim o disco retorna aoo trilhos em "Mulher sem Razão" um violão que poderia estar em qualquer disco do Djavan e metais criam a cama para Adriana radiofonicaaqui, adriana com muita razão diz "sonhar só nao é nada é uma festa na prisao" e desagua em "Teu nome mais Secreto" mais uma formidavel musica com a assinatura de Adriana, um violão que se impoe nada em oceanos e nós com sede para consumir nossos mais angustiantes sonhos nos deixamos levar por esse rio de sensaçoes de uma das melhores melodias do disco. para entao um violão em dissonantes e noturnas entonaçoes ouvir adriana entre lamurias sussurantes em "sem saida" uma bela vocalização atravessa nossos sentidos e quando ja perto de nossa rendição a jazzistica "Para Lá" nos consome alem de nós mesmo em mais uma grande obra prima do disco, adriana em registro vocal perfeito delimita seu territorio sonora e estilistico e nos entrega uma perola para nos embebedar irreversivelmente. o violão volta a tona em "Um dia Desses" lembrando aqui a Adriana de Trabalhos anteriores mais ainda assim mantendo o nivel do disco e temos aqui uma melodia apaixonante dentro da sua simplicidade irretocavel. antes de nos aforgamos completamente, maré ainda reserva a sua grande obra prima, "Onde Andaras" um timbre de violão oceanicamente poetico abre o corredor de aguas dispersas e infinitas para adriana clamar em vocal magnifico o melhor verso do album "na esperança tavez que o acaso num mero discaso me leve a você" enquanto vagamos por ruas puidas de memorias e nafrugamos pelas marges invisiveis e silenciosos onde nos abrigaremos em nós para seguir por nossos proprio oceanos distantes e dispersos em nossos cotidianos velozes nos tornanos mare. o disco curto e profundamente tenuo infiltra-se derradeiramente por nós em"sargaço Mar" com letra de Dorival Caymmi e violão de Gilberto Gil Adriana e nós afundamos num crepuscular sentido de todos os sentidos, com um olhar em frente ao mar caminhamos ate ele para sermos consumidos e arrebentados alem de nossos sonhos inaufragaveis.somos o mar quando somos nós mesmos.

Entulho Cósmico

Toda a palavra é um verso e todo o verso é um infinito

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