A Permanência do Movimento

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sarau e caminhada poética

Acho que o erro está em querer ser poeta.

Poetizar-se? impossível rima absoluta.

Poetiza-se o ambiente com líquidos saídos das brechas do destino.

O mundo pouco se importa com os versos

ele quer na verdade seu licor desconhecido.

Antídoto para o esquecimento.

Provocando febre de palavras derretidas.

Ser poeta, ser escritor, ser autor, ser a mão que baila sem tinta.

O olhar dos outros se derrama sobre as páginas como ácido.

Os mesmo dedos que afagam o papel desdenham sua existência múltipla.

No meus poemas não existe rima existe a fantástica bagunça da realidade.

Essa realidade é tão real quanto a existência do tempo.

O tempo é tão real quanto Álvaro de Campos ou Bernardo Soares.

Ser poeta é dizer para si mesmo…

Eu existo.

 

 

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Júlio Siqueira | Poeta da cidade de Marituba/PA

Entulho Cósmico

Toda a palavra é um verso e todo o verso é um infinito

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