Descaverno-me.
imitar de incertezas,
germes favoritos caçando,
suor da tempestade,
atrevo-me a olhar as nuvens.
Atalho para o final do estabelecido, rumando nos litorais da embriaguez.
Fragrância poluída, bálsamo que corta o asfalto da esfera do caminho,
como um leme irreversível mutilando o vento,
pouco me importa o espaço,
chama-me de atencioso com as gaiolas das palavras,
alimenta-me de chão,
beija-me primeiro na alma.
Um tenebroso vírus infesta o lápis,
Tento acudir as palavras,
Boca a boca verbal e sacudo a desesinspiração,
Balbuciando algo,
a respiração-alga afunda-me por entre as colunas das casas,
Socorro o pálido momento com a ternura que alcança lá no âmago
da cratera do desmoronamento
o corpo do incompreensível sentimento que corre corre corre...
João Leno Lima
Set/2010
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