INCALCULAVEL

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A força montanhosa que sopra no verso como um sopro de deus sobre o barro sou eu...
Magnífica manifestação transcotidiana que traz gesto esbravejastes ocultamente.
oculto braço da meteria decepado pelo delírio.
matéria prima de mundos rabiscados sem sol nem lua.
tênue palidez que afasta-me de mim...
cinematográfico encontro nas molduras abismas
onde arranho seu pescoço com unhas genocidamente sujas de angustias.
Mas reitero...
minha alma é o litoral dos oceanos dos poemas,
cada letra são as areias das praia oníricas
onde sou descabelado pela ausência do tempo.
Mas o tempo reitera "sou o tempo!"
mítico gesto tão irracional para as crianças...
gigante sábio tao formigantemente decisivo para as constelações do dia.
reencontro de nuvens sobre os Andes dos símbolos,
desastre aéreo com pés descalças sobre estradas de terra das memórias.

Como um chamado que finda...
como um salto dos arranha céus
como uma máscara de gás do medo..
como um leopardo abocanhando a inércia.

Rodopio de fragmentações unidas sobre a pele
num congresso de mãos se apalpando
o que queres com o poema João Leno Lima?
quero que ele me escreva...
pressuposições?:
citações de livros antigos?
poetas do passado presente?
visões de mundo de outros mundos?
Reitero,
Não escrevo o verso ele que me escreve.










João Leno Lima
26-11-2009

Entulho Cósmico

Toda a palavra é um verso e todo o verso é um infinito

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