Próximo ao meu destino, um vão...
Resquício intraduzível de momento.
Poça irreal que reflete pássaros que nem existem debaixo das pálpebras
Como que não suportando,
desenterrando o medo imperdível,
vão de letras enlamaçadas,
cardíaca fabula rastejante,
o consumo do tempo é diluído com álcool inalcançável,
na passagem pela rua oculta os passos pisoteiam o futuro.
Na rua Julio cordeiro
próximo ao meu trabalho
eu tenho a visão de mim mesmo dobrando a esquina múltipla,
Computadorizo-me antes da chegada da saudade irreconhecível.
Longe dali,
uma taça ácida é aremessada na vitrine da palma da mão,
e alguém desfalece paralelo aos ventos sob a observação precisa de uma nuvem.
Careço de irrealidades perfeitas isoladas em mim.
A unica realidade possível perde-se e se retraduz
enquanto versos são escritos nas costas do mundo
e jogados num alumbramento trapezista
Ícaro à tudo.
João Leno Lima
22 de Outubro 2010
lindo
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