Ela continua lá
ouvindo o tic tac das ondas
inundar as profundezas dos seus sonhos.
Ela continua lá.
Indefesa como as nuvens
gigante como os poemas.
Sua lágrima faz transbordar o oceano e ensopar os pátios do deus.
Ela continua lá,
arranhando as costas da areia
seu socorro tem a melodia dos poetas solitários de palavras
suas duvidas sao sobrepostas a nova duvidas úmidas
Se morrer é a passagem, o litoral estende a mão,
não há canto exato
coloco a mão no rosto para não ver sua alma misturar-se ao mar.
Ah...se pudesse a movia com meu olhar e a colocaria num poema,
ela beberia versos e nadaria entre as metáforas
e o litoral de mim mesmo seria seu refugio.
Meu deus... As embarcações passam longinquamente,
paixes grandes e pequenos se abraçam
meu canto é um grito lançado dentro das garrafas das páginas,
nunca estive tão perto do rosto da desolação.
João Leno Lima
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