Alguém no fundo chora no desconhecido
Que se revela apenas para a sombra
Caminha estático em passos longos
Longos ventos que arranham a ausência de sentido
Alguém no fundo espatifa-se...
Calcula a volta para casa como uma matemática puída
Já não almeja o alcançável
Sua dor é um labirinto vivo sufocado
Alguém no fundo desaparecendo no fundo
Onde suas mãos só desejavam o abrigo de outras mãos
E seu rosto desmoronado pela chuva
Se dissolve lento, vira poça, afunda, afoga-se, fundo...
De João Leno Lima
Maio/09
"..." belo!
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