Fecho os olhos perante a ausência do percurso desconhecido,
o dia abre-se em frascos repetidos,
a decisão precisa ser tomada em goles de sentidos,
deixo-me adormecer antes de adentrar nas locomotivas escaldantes, abandono as mãos num lugar visível e contemplo paisagens até então obvias.
Esse erro lamentável afasta-me da sensação vulcânica da existência, o dia na verdade é uma montanha que renasce em diversos lugares possíveis, escalamos até as altas horas, em tênue força matinal, ao som das embarcações do destino;
nas pedras pontiagudas do acaso.
Fecho os olhos perante a ausência do percurso desconhecido, o dia fecha-se e então:
Para que inventamos a palavra recomeço?
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